25 de dez. de 2011

Segredos do som dos violinos Stradivarius são revelados


Durante séculos, os fabricantes de violino já tentaram e não conseguiram reproduzir o som puro dos violinos Stradivarius e Guarneri, mas após 33 anos de trabalho colocados no projeto, a Texas A & M University está confiante de que o véu do mistério foi agora levantado. Joseph Nagyvary, professor emérito de bioquímica, primeiro teorizou em 1976 que os produtos químicos utilizados nos instrumentos - não apenas na madeira e na construção - são responsáveis ​​pelo som característico destes violinos. Sua teoria controversa já recebeu suporte experimental definitivo através da colaboração de Renald Guillemette, diretor do laboratório de microssonda eletrônica no Departamento de Geologia e Geofísica, e Spiegelman Clifford, professor de estatística, ambos membros da Texas A & M. Seu trabalho foi publicado na edição atual da Biblioteca Pública científica no Journal of Science ONE (PloSONE).



"Toda minha pesquisa ao longo dos anos foi baseada na suposição de que as madeiras dos grandes mestres foram submetidas a um tratamento químico agressivo e isso teve um papel direto na criação de um grande som dos Stradivarius e Guarneri ", Nagyvary explica. obtidas amostras de madeira milimétricas de restauradores trabalhando em instrumentos Stradivarius e Guarneri ("não foi fácil e levou um monte de pedidos para conseguir levá-los", acrescenta). Os resultados da análise preliminar dessas amostras, publicado na "Nature" em 2006, sugeriu que a madeira fora brutalmente tratadas por alguns produtos químicos não identificados. Para o presente estudo, os pesquisadores queimaram as lascas de madeira em cinzas, pois foi a única maneira de obter leituras precisas para os elementos químicos.



Eles descobriram numerosos produtos químicos na madeira, entre eles bórax, fluoretos, cromo e sais de ferro.
"Borax tem uma longa história como um conservante, voltando para os antigos egípcios, que o utilizaram em mumificação e mais tarde como um inseticida", Nagyvary acrescenta.
"A presença destes produtos químicos em todos os pontos das amostras entre os fabricantes de violino e o local dos Boticarios daquela época. Cuja intenção provávelmente era tratar a madeira para fins de preservação. Stradivari e Guarneri Ambos queriam tratar seus violinos para evitar cupins, porque infestações por cupins nas madeiras eram muito comuns na época. "
Antonio Stradivari (1644 - 1737) fez cerca de 1.200 violinos em sua vida e vendeu-os apenas para os muito ricos, principalmente os royalties. Hoje, existem cerca de 600 violinos Stradivarius restantes e estão avaliadas em até US $ 5 milhões cada um.
Um contemporâneo menos conhecidas que Stradivari, Guarneri del Gesu, como o pintor Van Gogh, tinha dificuldade para vender seus trabalhos, mas seus instrumentos são agora considerados iguais em qualidade e preço por especialistas em violinos Stradivarius.
Nagyvary, um nativo da Hungria que aprendeu a tocar violino, usando um instrumento que pertenceu a Albert Einstein, se perguntou por décadas como Stradivari, com a sua educação rudimentar e sem formação científica, poderia ter produzido instrumentos musicais com som tão inigualável.







"Esses resultados da pesquisa atual são altamente gratificantes para mim, porque elas provam o que eu propus pela primeira vez há 33 anos, que - ao contrário do senso comum - a madeira dos grandes mestres não eram naturais (puras), mas quimicamente tratadas por certos minerais, alguns dos quais Eu havia previsto no início. Baseado em experimentações com produtos químicos similares, temos razão para acreditar que eles poderiam ter desempenhado um papel importante no refinamento do grande tonal dos instrumentos antigos ", diz Nagyvary.
"Quando você usa a ciência para provar um ponto, que muitas vezes mistifica a glória dos mestres lendários, razão essa, tem havido alguma relutância para chegar à verdade. Ter uma prova científica inegável que apoia o meu trabalho é muito gratificante , para não dizer o mínimo. "





Nagyvary disse que acredita que os resultados atuais serão de grande interesse para os historiadores da arte e fabricantes de instrumentos musicais ao redor do mundo e pode mudar o processo de como os violinos finos são feitos.


Madeira atacada por fungos produz violino melhor que Stradivarius

Imitação melhor que o original



Há poucos dias, engenheiros anunciaram a fabricação de clones de violinos stradivarius.
Mas Francis Schwarze e seus colegas do instituto suíço EMPA fizeram mais do que isso: eles fizeram cópias melhores do que os originais.
Em um teste cego com um júri de músicos de renome internacional, o som de duas réplicas foi comparado com o som de um Stradivarius autêntico.
E os especialistas consideraram o som das réplicas superior ao do original famoso.
Violino biotecnológico
O que mais chamou a atenção para o feito foi a técnica utilizada para replicar o mais famoso violino do mundo, que não se baseou nem na arte, ou na tecnologia de fabricação, e nem na escolha da madeira.
Schwarze e seus colegas usaram a biotecnologia.
Os pesquisadores "trataram" a madeira com o fungo Physisporinus vitreus, um fungo branco associado com a decomposição de matéria orgânica.
O fungo atacou e destruiu algumas estruturas na madeira, criando um material com qualidades tonais insuperáveis - qualidades tão boas que colocaram o violino original na sombra.
O projeto foi desenvolvido em escala de laboratório, mas agora os cientistas estão trabalhando em sua padronização, de forma a criar uma rota biotecnológica que possa ser usada industrialmente para fabricar os violinos em grande escala.
Da métrica à psicologia
A padronização é importante para garantir que o tratamento fúngico da madeira produza uma qualidade tonal específica, produzindo "bio-violinos" com qualidade sistemática.
E este é um trabalho interdisciplinar, que está envolvendo vários laboratórios do EMPA.
Os pesquisadores estão medindo de forma sistemática a velocidade do som e a atenuação acústica das madeiras tratadas e não-tratadas com o fungo, de forma a estabelecer um padrão de qualidade.
Uma técnica de ultrassom está sendo adaptada para determinar em quais partes de um bloco de madeira o fungo está ativo, de forma a garantir que a madeira que irá compor cada violino tenha sofrido um "ataque completo".
Especialistas em medições ópticas estão usando suas técnicas para criar imagens que mostrem como o som se irradia dos diferentes tipos de madeira, assim como dos instrumentos prontos.
O passo final incluirá o trabalho de especialistas em psicoacústica, para tentar entender como os músicos e os ouvintes percebem a qualidade da música desses "violinos fúngicos".
Tudo valerá a pena se músicos e ouvintes puderam dispor, a preços módicos, de violinos com a qualidade dos Stradivarius ou Guarnerius.

fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=madeira-atacada-fungos-violino-melhor-stradivarius

A Ciencia do Arco de violino


A Ciência do Arco de violino

equilibrio, curvatura, densidade, peso... 



Geralmente um musico de instrumento de corda compra primeiro um instrumento antes de começar a procurar um arco. A pergunta de muita gente é: o que é mais importante, o instrumento ou o arco. Eu digo o seguinte: você vai a um recital de violino ou você vai a um recital de arco? É o músico um violinista ou um “arquista”? Eu acredito que isso responde à pergunta. Entretanto, depois que o instrumento ideal é encontrado, o arco deve ser a próxima procura.
Ao procurar um arco, deve-se ter em mente que apenas porque um arco é caro não lhe faz automaticamente um arco melhor.em termos de materiais o pau brasil é a melhor madeira para o arco. Outras madeiras são usadas para arcos mais simples e para arcos de estudante. Nos últimos 10 anos a fibra de carbono tem se mostrado uma opção interessante para a confecção de arcos e muita gente diz que a fibra de carbono é tão boa quanto o pau-brasil. Sendo que os arcos de fibra de vidro são usados para estudantes.

A crina do arco é tradicionalmente branca ou preta sendo que a crina preta é mais usada para arcos de contrabaixo. Muitos substitutos foram experimentados, mas a crina do cavalo é considerada ainda o melhor material. Quando estiver avaliando um arco certifique-se que a crina é nova ou pouco usada. Com o tempo a crina estica e perde sua habilidade de reter resina. Um bom arco com crina velha é como um bom violino com cordas velhas.
Redondo ou octagonal
a forma do arco é assunto de muita discussão. Algumas pessoas acreditam que um bom arco deve ser redondo, outras preferem o formato octogonal. Porém, o equilíbrio do arco e a qualidade da madeira que está sendo usada serão o fator decisivo na qualidade do arco.
O equilíbrio correto de um arco é muito importante. O arco não deve ser demasiado pesado no talão e nem ser demasiado leve na ponta. Se for demasiado leve na ponta será difícil começar um som forte na parte superior do arco, se for demasiado pesado no talão será difícil controlar golpes de arco como o spicatto e mudança de corda.

Força e flexibilidade
 a força e flexibilidade da vareta são basicamente opostos, contudo são extremamente necessários para que um arco seja capaz de produzir um bom som. A força da vareta é absolutamente essencial para fazer um som forte e poderoso. O arco deve ter rapidez de resposta e clareza na articulação.
Para avaliar a força, eu verifico primeiro a dificuldade para girar o parafuso ao apertar a crina. Se o talão estiver bem ajustado na vareta e o parafuso girar com extrema facilidade o arco é demasiado fraco. Coloque o arco em cima de uma corda do seu instrumento e force para baixo, verifique quanta resistência ele oferece antes de encostar a crina na vareta.


Curvatura e alinhamento
A curvatura é extremamente importante porque determina algumas características muito importantes. Se o arco tiver uma curvatura excessiva poderá se tornar muito duro e desajeitado e se não for curvado o bastante se tornará fraco e sem clareza nas articulações. O arco pode perder sua curvatura com o tempo se não for devidamente afrouxado na hora de guardar. A curvatura pode ser refeita e para isso é necessário um luthier que tenha experiência, pois esse é um procedimento muito delicado. Os arcos franceses costumam ter bastante curvatura na parte superior começando bem perto da ponta, isso dá mais firmeza e som mais brilhante. Os arcos alemães por sua vez têm curva mais suave e homogênea, portanto, produzem som mais escuro e a vareta fica um pouco mais flexivel.


País de origem
Os franceses são conhecidos pelos seus arcos assim como os italianos são para violinos. O francês inventou o arco como nós o conhecemos hoje e a maioria dos golpes de arcos usa palavras francesas. A França, durante muitos anos, produziu muitos archetiers de alto nível, mesmo para os arcos feitos por fabricantes franceses modernos o preço tenderá a ser mais elevado do que de outros países tais como alemães, suíços, e estados unidos.

ornamentação
fabricantes de arcos individualizam seus produtos de diversas maneiras. Alguns arcos são altamente decorativos, alguns adornados muito simplesmente. O músico não deve supor que mais decoração significa automaticamente mais qualidade.
Porém freqüentemente os melhores arcos são montados em prata ou em ouro e a montagem em níquel fica para os arcos mais simples. 



 
evolução do arco
           Na trajetória de sua evolução, o arco sofreu diversas transformações: das grandes curvaturas côncavas, passou por uma silhueta quase retilínea, até a incorporação da forma atual, convexa. Paralelamente à evolução dos instrumentos de cordas, em si, o arco, peça fundamental à sua execução, foi objeto de transformação equivalente. O grande violinista Giuseppe Tartini (1692-1770), ele próprio fundador de uma escola de violino, foi o principal idealizador do parafuso de ajuste do talão, que veio possibilitar o controle da tensão da crina - mecanismo introduzido por Tourte, pai de François. No passado, quando ainda não existia tal recurso, era com o dedo mínimo da mão direita que as cerda dos arcos do violones, por exemplo, eram puxadas para baixo, aumentando ou diminuindo-lhes a tensão. Por essa razão surgiu a maneira peculiar de empunhar o arco, por baixo do talão ( também conhecida por underhand ) , entre os instrumentos da família da Viola da Gamba, cuja adaptação para contrabaixo ficou conhecida como Bolonhesa , ou à Dragonetti. Essa modalidade foi adotada posterormente pelos alemães, razão pela qual, ironicamente, recebeu a denominação arco tedesco na própria Itália que lhe deu berço.




         Foi na França, entretanto, que no final do século XVIII o grande archetier ou archetaio- fabricante de arcos em francês e italiano, respectivamente –François Tourte(1747-1835) fez uma modificação que revolucionou a técnica de todos os instrumentos de cordas: por volta de 1770 ele vergou a madeira do arco em sentido contrário, convexamente, com a barriga da curva em direção à crina. A vareta foi, assim, dotada de maior tensão e nervura, ou flexibilidade. Foi também o mesmo Tourte, originalmente um modesto relojoeiro, o responsável por experiências que levaram à escolha da madeira ideal, hoje universalmente utilizada: o Pau-brasil, também conhecido como pau-rosado ou pernambuco, duas de suas variedades- esta última, nome do estado brasileiro onde se supõe ter sido a madeira primeiramente encontrada.Tourte também fixou as dimensões ideais para o arco, que no violino variam entre 74 e 75 cm de comprimento, com o ponto de equilíbiro (fiel) a 19 cm do talão. É verdade que inúmeras tentativas de substituir o pau-brasil como material para a confecção de arcos já foram realizadas. Desde os ensaios com tubos ocos de aço por J. B.Vuillaume,até a moderna fibra de vidro, sabe-se que ainda não se encontrou o substituto à altura.
                                                                                


       O que diferencia o arco Dragonetti daquele modelo adaptado do violino por Savart e Gand – o chamado arco francês do contrabaixo , além das características físicas de sua construção, é a maneira de empunhá-lo. Ao contrário do francês, sustentado como no violino (overhand) mas construído com talão de dimensões proporcionalmente maiores, o modelo Dragonetti( underhand) é empunhado por baixo, à maneira de seus antepassados da família das antigas Violas. Para ajustar as cerdas para baixo inicialmente utilizava-se como técnica o recurso do dedo mínimo da mão direita causando aumento e diminuição da tensão. Giuseppe Tartini, em meados de 1692 e 1770, foi o idealizador do parafuso de ajuste do talão, que possibilitou o controle da tensão da crina.

        Entretanto, na França final do século XVIII, o grande Arshetur ou Arshetaio (fabricante de arcos franceses e italianos), François Tourte, fez uma modificação que revolucionou as técnicas de todos os instrumentos de corda. Por volta de 1770, ele envergou a madeira do arco em sentido contrário, convexamente com a barriga da curva em direção a crina. Foi assim que o arco foi dotado de maior tensão, nervura e flexibilidade, ele também foi responsável por experiências que levaram a escolha da madeira ideal, hoje mundialmente utilizada, o pau-brasil, conhecido como pau-rosado ou pernambuco. Também fixou as dimensões ideais para o arco, que variam entre 74 e 75 cm de comprimento, com ponto de equilíbrio fiel a 19 cm do talão, pesando entre 59 a 62 gramas, evitando assim, dores no punho e no braço, conhecida hoje como tendinite. Não se tem exatamente uma data de registro de quando o arco foi utilizado pela primeira vez na música, antes de Giuseppe Tartini (1692 – 1770).


Fonte: http://arcosbrasil.blogspot.com/2008/03/como-escolher-o-arco-aceita-se_16.html

Tecnologia cria clone de violino Stradivarius


Tecnologia cria clone de violino Stradivarius
Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/11/2011


A fresa computadorizada trabalhou com diversos tipos de madeira, de forma a replicar cada parte do violino. [Imagem: RSNA]
Stradivarius
Pesquisadores usaram imagens de tomografia computadorizada e avançadas técnicas de fabricação para criar um "clone" de um violino Stradivarius fabricado em 1704.
Os Stradivarius são considerados os melhores violinos do mundo e custam verdadeiras fortunas.
Um Stradivarius de 1721, chamado "Lady Blunt", de propriedade da Fundação Japonesa de Música, foi arrematado no dia 20 de junho passado por 15,9 milhões de dólares - uma soma recorde que está sendo usada para auxiliar as vítimas do tsunami que assolou o país.
O radiologista Steven Sirr e seus colegas reproduziram um outro exemplar, chamado "Betts".
Tomografia computadorizada
"A tomografia computadorizada representa uma técnica única para gerar imagens não-destrutivas de objetos históricos," propõe Sirr.
"Combinada com manufatura controlada por computador, ela também nos dá a oportunidade para criar uma reprodução com alto grau de precisão," completou o radiologista.
O primeiro objetivo dos pesquisadores era entender como o violino funciona, isto é, como ele produz um som tão puro e tão superior ao som de outros instrumentos similares.
O segundo objetivo é o de criar cópias de violinos de alta qualidade que possam ser vendidos a preços módicos para quem não consegue comprar um Stradivarius - dos cerca de 1.000 violinos fabricados pelo italiano Antonio Stradivari (1644-1737) ainda existem cerca de 650, disputados a preço de ouro.
Manufatura computadorizada
Foram feitas mais de 1.000 imagens de tomografia computadorizada para gerar uma imagem tridimensional completa do Stradivarius Betts.
Essa imagem foi convertida em arquivos estereolitográficos, que podem ser lidos por máquinas de controle numérico - essencialmente uma fresa controlada por computador.
As imagens também permitiram verificar a densidade da madeira e sua espessura em cada parte do violino, o que é necessário para construir uma réplica tão perfeita quanto possível.
A fresa computadorizada trabalhou então sobre diversos tipos de madeira, de forma a replicar cada parte do violino.
Falta agora submeter o original e a cópia aos ouvidos apurados de músicos profissionais para que eles julguem se a tecnologia consegue se equiparar à arte.

fonte:  http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=violino-stradivarius-recriado-tomografia-computadorizada

Por recorde no Guinness, 4,6 mil crianças tocam violino ao mesmo tempo em Taiwan

Por recorde no Guinness, 4,6 mil crianças tocam violino ao mesmo tempo em Taiwan

Jovens se reuniram em estádio e tocaram por mais de cinco minutos.
O recorde anterior, com 4 mil violinistas, foi batido em 1925 em Londres. 

De acordo com a organização 4.645 jovens com menos de 18 anos tocaram juntos para quebrar recorde anterior.

 

 

 

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/09/por-recorde-46-mil-criancas-tocam-violino-ao-mesmo-tempo-em-taiwan.html

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