A Ciência do Arco de violino
equilibrio, curvatura, densidade, peso...
Geralmente um musico de
instrumento de corda compra primeiro um instrumento antes de começar a procurar
um arco. A pergunta de muita gente é: o que é mais importante, o instrumento ou
o arco. Eu digo o seguinte: você vai a um recital de violino ou você vai a um
recital de arco? É o músico um violinista ou um “arquista”? Eu acredito que
isso responde à pergunta. Entretanto, depois que o instrumento ideal é
encontrado, o arco deve ser a próxima procura.
Ao procurar um arco, deve-se ter em mente que apenas porque um arco é caro não lhe faz automaticamente um arco melhor.em termos de materiais o pau brasil é a melhor madeira para o arco. Outras madeiras são usadas para arcos mais simples e para arcos de estudante. Nos últimos 10 anos a fibra de carbono tem se mostrado uma opção interessante para a confecção de arcos e muita gente diz que a fibra de carbono é tão boa quanto o pau-brasil. Sendo que os arcos de fibra de vidro são usados para estudantes.
Ao procurar um arco, deve-se ter em mente que apenas porque um arco é caro não lhe faz automaticamente um arco melhor.em termos de materiais o pau brasil é a melhor madeira para o arco. Outras madeiras são usadas para arcos mais simples e para arcos de estudante. Nos últimos 10 anos a fibra de carbono tem se mostrado uma opção interessante para a confecção de arcos e muita gente diz que a fibra de carbono é tão boa quanto o pau-brasil. Sendo que os arcos de fibra de vidro são usados para estudantes.
A crina do arco é
tradicionalmente branca ou preta sendo que a crina preta é mais usada para
arcos de contrabaixo. Muitos substitutos foram experimentados, mas a crina do
cavalo é considerada ainda o melhor material. Quando estiver avaliando um arco
certifique-se que a crina é nova ou pouco usada. Com o tempo a crina estica e perde
sua habilidade de reter resina. Um bom arco com crina velha é como um bom
violino com cordas velhas.
Redondo ou octagonal
a forma do arco é assunto de muita discussão. Algumas pessoas acreditam que um bom arco deve ser redondo, outras preferem o formato octogonal. Porém, o equilíbrio do arco e a qualidade da madeira que está sendo usada serão o fator decisivo na qualidade do arco.
O equilíbrio correto de um arco é muito importante. O arco não deve ser demasiado pesado no talão e nem ser demasiado leve na ponta. Se for demasiado leve na ponta será difícil começar um som forte na parte superior do arco, se for demasiado pesado no talão será difícil controlar golpes de arco como o spicatto e mudança de corda.
Redondo ou octagonal
a forma do arco é assunto de muita discussão. Algumas pessoas acreditam que um bom arco deve ser redondo, outras preferem o formato octogonal. Porém, o equilíbrio do arco e a qualidade da madeira que está sendo usada serão o fator decisivo na qualidade do arco.
O equilíbrio correto de um arco é muito importante. O arco não deve ser demasiado pesado no talão e nem ser demasiado leve na ponta. Se for demasiado leve na ponta será difícil começar um som forte na parte superior do arco, se for demasiado pesado no talão será difícil controlar golpes de arco como o spicatto e mudança de corda.
Força e flexibilidade
a força e flexibilidade da vareta são basicamente opostos, contudo são extremamente necessários para que um arco seja capaz de produzir um bom som. A força da vareta é absolutamente essencial para fazer um som forte e poderoso. O arco deve ter rapidez de resposta e clareza na articulação.
Para avaliar a força, eu verifico primeiro a dificuldade para girar o parafuso ao apertar a crina. Se o talão estiver bem ajustado na vareta e o parafuso girar com extrema facilidade o arco é demasiado fraco. Coloque o arco em cima de uma corda do seu instrumento e force para baixo, verifique quanta resistência ele oferece antes de encostar a crina na vareta.
Curvatura e alinhamento
A curvatura é extremamente importante porque determina algumas características muito importantes. Se o arco tiver uma curvatura excessiva poderá se tornar muito duro e desajeitado e se não for curvado o bastante se tornará fraco e sem clareza nas articulações. O arco pode perder sua curvatura com o tempo se não for devidamente afrouxado na hora de guardar. A curvatura pode ser refeita e para isso é necessário um luthier que tenha experiência, pois esse é um procedimento muito delicado. Os arcos franceses costumam ter bastante curvatura na parte superior começando bem perto da ponta, isso dá mais firmeza e som mais brilhante. Os arcos alemães por sua vez têm curva mais suave e homogênea, portanto, produzem som mais escuro e a vareta fica um pouco mais flexivel.
País de origem
Os franceses são conhecidos pelos seus arcos assim como os italianos são para violinos. O francês inventou o arco como nós o conhecemos hoje e a maioria dos golpes de arcos usa palavras francesas. A França, durante muitos anos, produziu muitos archetiers de alto nível, mesmo para os arcos feitos por fabricantes franceses modernos o preço tenderá a ser mais elevado do que de outros países tais como alemães, suíços, e estados unidos.
ornamentação
fabricantes de arcos individualizam seus produtos de diversas maneiras. Alguns arcos são altamente decorativos, alguns adornados muito simplesmente. O músico não deve supor que mais decoração significa automaticamente mais qualidade.
Porém freqüentemente os melhores arcos são montados em prata ou em ouro e a montagem em níquel fica para os arcos mais simples.
Na
trajetória de sua evolução, o arco sofreu diversas transformações: das grandes
curvaturas côncavas, passou por uma silhueta quase retilínea, até a
incorporação da forma atual, convexa. Paralelamente à evolução dos instrumentos
de cordas, em si, o arco, peça fundamental à sua execução, foi objeto de
transformação equivalente. O grande violinista Giuseppe Tartini (1692-1770),
ele próprio fundador de uma escola de violino, foi o principal idealizador do
parafuso de ajuste do talão, que veio possibilitar o controle da tensão da
crina - mecanismo introduzido por Tourte, pai de François. No passado, quando
ainda não existia tal recurso, era com o dedo mínimo da mão direita que as
cerda dos arcos do violones, por exemplo, eram puxadas para baixo, aumentando
ou diminuindo-lhes a tensão. Por essa razão surgiu a maneira peculiar de
empunhar o arco, por baixo do talão ( também conhecida por underhand ) , entre
os instrumentos da família da Viola da Gamba, cuja adaptação para contrabaixo
ficou conhecida como Bolonhesa , ou à Dragonetti. Essa modalidade foi adotada
posterormente pelos alemães, razão pela qual, ironicamente, recebeu a
denominação arco tedesco na própria Itália que lhe deu berço.
Foi na França, entretanto, que no final do século XVIII o grande archetier ou
archetaio- fabricante de arcos em francês e italiano, respectivamente –François
Tourte(1747-1835) fez uma modificação que revolucionou a técnica de todos os
instrumentos de cordas: por volta de 1770 ele vergou a madeira do arco em
sentido contrário, convexamente, com a barriga da curva em direção à crina. A
vareta foi, assim, dotada de maior tensão e nervura, ou flexibilidade. Foi
também o mesmo Tourte, originalmente um modesto relojoeiro, o responsável por
experiências que levaram à escolha da madeira ideal, hoje universalmente
utilizada: o Pau-brasil, também conhecido como pau-rosado ou pernambuco, duas
de suas variedades- esta última, nome do estado brasileiro onde se supõe ter
sido a madeira primeiramente encontrada.Tourte também fixou as dimensões ideais
para o arco, que no violino variam entre 74 e 75 cm de comprimento, com o ponto
de equilíbiro (fiel) a 19 cm do talão. É verdade que inúmeras tentativas de
substituir o pau-brasil como material para a confecção de arcos já foram
realizadas. Desde os ensaios com tubos ocos de aço por J. B.Vuillaume,até a
moderna fibra de vidro, sabe-se que ainda não se encontrou o substituto à
altura.
O que diferencia o arco Dragonetti daquele modelo adaptado do violino por
Savart e Gand – o chamado arco francês do contrabaixo , além das
características físicas de sua construção, é a maneira de empunhá-lo. Ao
contrário do francês, sustentado como no violino (overhand) mas construído com
talão de dimensões proporcionalmente maiores, o modelo Dragonetti( underhand) é
empunhado por baixo, à maneira de seus antepassados da família das antigas
Violas. Para ajustar as cerdas para baixo inicialmente utilizava-se como
técnica o recurso do dedo mínimo da mão direita causando aumento e diminuição
da tensão. Giuseppe Tartini, em meados de 1692 e 1770, foi o idealizador do
parafuso de ajuste do talão, que possibilitou o controle da tensão da crina.
Entretanto, na França final do século XVIII, o grande Arshetur ou Arshetaio
(fabricante de arcos franceses e italianos), François Tourte, fez uma
modificação que revolucionou as técnicas de todos os instrumentos de corda. Por
volta de 1770, ele envergou a madeira do arco em sentido contrário,
convexamente com a barriga da curva em direção a crina. Foi assim que o arco
foi dotado de maior tensão, nervura e flexibilidade, ele também foi responsável
por experiências que levaram a escolha da madeira ideal, hoje mundialmente
utilizada, o pau-brasil, conhecido como pau-rosado ou pernambuco. Também fixou
as dimensões ideais para o arco, que variam entre 74 e 75 cm de comprimento,
com ponto de equilíbrio fiel a 19 cm do talão, pesando entre 59 a 62 gramas,
evitando assim, dores no punho e no braço, conhecida hoje como tendinite. Não
se tem exatamente uma data de registro de quando o arco foi utilizado pela
primeira vez na música, antes de Giuseppe Tartini (1692 – 1770).
Fonte: http://arcosbrasil.blogspot.com/2008/03/como-escolher-o-arco-aceita-se_16.html
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