Novo material substitui crina de cavalo em instrumentos musicais
O violinista Mario Roncuzzi e seu instrumento, em foto do dia 5 de junho de 2011.
Há cinco séculos, o arco de um instrumento de cordas, como o
violino, é feito de madeira, com uma mecha de crina de cavalo indo de
uma ponta a outra. A Orquestra de Câmara de Toulose testou um novo
material sintético, mais durável e com qualidades similares, que vai
entrar no mercado no final do ano. A nova fibra, batizada
comercialmente de ‘coruss’ acaba de receber um prêmio de inovação na
região de Midi-Pyrénées.
O material, desenvolvido por um instituto têxtil em Mazamet, no
sul da França, é “mais resistente, com qualidade mais constante,
oferecendo bom nível de desempenho e pode se adaptar ao músico”, diz o
contrabaixista Renaud Gruss, orquestra de Toulouse. Um músico
profissional terá assim a possibilidade de escolher um diâmetro
específico, em busca de determinada elasticidade e sonoridade.
Tradicionalmente, a mecha de um arco é composta por cerca de 200 fios de crina de cavalo. A tensão e o som são regulados por um parafuso em uma das pontas do arco. Para um músico profissional, uma mecha pode durar de três meses a um ano. Segundo Gruss, a qualidade das mechas naturais, derivadas de crinas de cavalos da Mongólia (90%) e Alasca, vem caindo por causa da má alimentação dos animais.
As novas fibras, testadas há vários meses por metade da orquestra de Toulose, apresentam um diâmetro homogêneo e durabilidade duas vezes maior. Além disso não são ‘hidrófobas’, ou seja, não esticam com a umidade, como o cabelo humano. Ao longo de séculos, luthiers (fabricante de instrumentos de corda) têm procurado uma alternativa à crina de cavalo, como fios de canhâmo ou linho, mas sem bons resultados.
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